segunda-feira, 30 de março de 2009

menos umbigo e mais coração

Dói, humanos egoístas, travados pelo próprio umbigo.
Já ouvi dizer que devemos ter cuidado com o que desejamos, fatalmente, ele pode acontecer
Desejamos infinitamente. Alí, eu quero, eu tenho e não cuido. Parece que a busca constante faz mais sentido do que a sua concretização. Objeto, brinquedo de apego, sentimentos vãos, somos dominados por eles.
Mas um dia ele, o desejo, um dia nos abandona...e dói. Um pedaço se foi, um pedaço morto que não fazia nem parte de mim, ou fazia? Por que eu não sentia? Por que o calor que marcava sua presença se tornou tão morno, tão tão, que não existia mais. Só dei a falta quando definitivamente já não estava lá.
Humanos, bobos...todos bobos, mentem para si, para os outros fingindo estarem felizes...pra que essa tolice? Por que não dizer definitivamente, eu te amo, eu te odeio! Humanos não aceitam pontos finais e vivem num carrossel de vírgulas doloridas, contínuas e inúteis. Eu, você, todos somos assim...umbigos de si próprios. Bando de buracos rasos, aprofundem-se. Permitir-se é a única coisa que vale a pena!

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